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Para Refletir ....
A Existência de Deus
O
assunto a dias, girava sobre a existência do
Criador, na “Copa de Luz” (gostaria de chamar
assim o cômodo simples da residência de Chico
Xavier), quando o médium com a serena
espontaneidade de sempre, contou, entre outras
coisas, que certo amigo lhe dissera, enfático,
recentemente:
“Chico,
eu não acredito na existência de Deus ....”
“Então
lhe diz Chico - você vai ao supermercado e compra
outras pernas para mim, já que as minhas estão
paralisadas!”
-
“E você acredita mesmo em Deus? “ - insiste o
amigo - Como?
“Observe,
meu senhor - continua o médium - Quem teria
colocado a vida e o perfume das flores, o azul do
céu, o verde dos mares, a luz das estrelas
....”
Prosseguindo
a conversação, o querido Chico lembrou ainda,
aos presentes, que durante a Revolução Francesa,
soldados invadiam igrejas para destruir as
imagens, altares, etc..., quando foram
interrogados por simples camponês:
-
“Porque fazem isso?”
-
“Recebemos ordens para extinguir os sinais da idéia
de Deus na terra - responderam os soldados.”
-
“Ah! meus filhos, então vocês terão que
apagar igualmente o sol, a lua e as estrelas
...” - disse sereno o camponês.
Por
fim, o médium recordou linda estória de Meimei,
no livro “Pai Nosso”, que para terminar, com a
alegria de sempre, transcrevemos:
“Conta-se
que um velho árabe analfabeto orava com tanto
fervor e com tanto carinho, cada noite, que, certa
vez, o rico chefe de grande caravana chamou-o à
sua presença e lhe perguntou:
-
Porque oras com tanta fé? Como sabes se Deus
existe, quando nem ao menos sabes ler?
O
crente fiel respondeu:
-
Grande senhor, conheço a existência de nosso Pai
Celeste pelos sinais dele.
-
Como assim? - Indagou o chefe admirado.
O
servo humilde explicou-se:
-
Quando o senhor recebe uma carta de pessoa
ausente, como reconhece quem escreveu?
-
Pela letra.
-
Quando o senhor recebe uma jóia, como é que se
informa quanto ao autor dela?
-
Pela marca dos ourives.
O
empregado sorriu e acrescentou:
-
Quando ouve passos de animais, ao redor da tenda,
como sabe depois, se foi um carneiro, um cavalo ou
boi?
-
Pelos rastros - respondeu o chefe, surpreendido.
Então
o velho crente convidou-o para fora da barraca e,
mostrando-lhe o céu, onde a lua brilhava, cercada
por multidões de estrelas, exclamou, respeitoso:
-
Senhor, aqueles sinais, lá em cima, não podem
ser dos homens!
Nesse
momento, o orgulhoso caraveneiro, de olhos
lacrimosos, ajoelhou-se na areia e começou orar
também.”
E
a conversa, com toques de luz da palavra
esclarecimento e conforto do querido Companheiro,
demandou outros palpitantes temas...
Deus
abençoe sempre.
Fonte:
Jornal Perseverança
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